A ponta que cria
(Ora muito, Ora nada)
É a ponta que mata
sem sangue, sem faca.
Do grafite escuro
Choro minha noite;
Cuspo meu dia;
Expurgo minha agonia.
Meu lápis sem escolha
Dança sobre a folha,
Passos desordenados
Num ballet descompassado.
Quando termino, desprezo
Essa pseudo arte sem hora,
E engulo com meu ego
Tudo o que cuspi outrora.
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